segunda-feira, 22 de março de 2010

Quando a noite vem, junto dela seus mistérios
Não sei se é para o bem, mais um fim incerto...
Sua escuridão me traz arrepio.
Minha valentia está por um fio!

quarta-feira, 17 de março de 2010

Memórias...

Faça o jogo da memória
Conte sua história
Podes dizer
E podes fazer crer
História se faz com palavras
Verbalizadas ou não
O que tens em seu porão?
Desvenda seus contos, suas fábulas
Se faça entender
Faça-se ser, faça um querer
O baú que escondes nas costas
Faça como um tapete estender
Para garimpar coisas novas
Faça o que tens que fazer.


O medo de escavar bem lá no fundo, o medo do que podemos redescobrir, lá embaixo como uma crosta está o passado.
Acumulando dia após dia nossas frustações e desgostos.
Percebe-se tão claramente que as conquistas são bem vindas, porém o que nos acompanha de verdade são os medos e decepções, tanta importância...
Lapidar uma pedra não é facil, ainda mais quando esta traz tanta solidez .
Erguer uma muralha é tão simples....Há voluntários diversos.
Mas derrubar paredes do passado é árduo e solitário.

"Ser quem eu sou não és;
Pois ser quem eu sou não é você;
Ser quem eu sou, sou eu;
E ser eu não é você!"
"Foi quem me mostraste a luz;
Quem me ensinastes a amar.
Enrolastes cachos dourados com as mãos de fadas na infância.
Com perfume de maçã verde, frescor igual não há;
Batom vermelho com o qual sempre me beijava, deixando sua marca em minha bochecha rosada;
Os anéis de pedras e brilhantes que enfeitavam seus dedos fortes e completavam sua mão, numa exótica beleza;
Seus olhos verdes pareciam esmeraldas, e brilhavam como nunca quando a chuva chegava;
Com as unhas pintadas estava completa, linda sempre!
Um dia o brilho ofuscou, e seus olhos verdes ficaram cinzas, junto se foram os dourados cabelos, que um dia brilhou como raio de sol.
Um anjo disse "amém" para partir e então novos lugares descobrir!
Permenecestes para sempre seu sorriso, e a essência que todos temem de aceitar o novo e a despedida.
Debaixo de chuva dissestes seu último "Adeus!"
As lágrimas se misturaram com a chuva, que fez do amargo e salgado dia eternizado;
Como se a chuva regasse as sementes de um novo florescer;
Forçadamente sua partida teve que assim parecer!"

(Mãe)

terça-feira, 16 de março de 2010

MOMENTOS.


Sua companhia me faz sentir bem.
Me faz sentir além.
Suas nuances aumentam a percepção do que vejo. Alimentam o meu desejo.
No seu eu, me fito, recolho o meu grito.
Nós seremos assim...Eternos...
Até que (um dia)...
Desejemos o fim, ou a eternidade....

Há momentos na vida que são como chuvas de verão; suaves ou de grande intensidade, mas logo se vão. No entanto, há momentos que marcam, que ficam. Que nos levam a sentir saudades. Às vezes um olhar, um sorriso, um gesto, um leve toque, uma carícia, as emoções, os sentimentos e o silêncio, estes falam mais que palavras. Tornam-nos íntimos.



Há momentos que nos falam da beleza de ser gente, da beleza que envolve a vida, tanto quanto a beleza das flores. Nós, é que às vezes não percebemos ou não damos valor às coisas mais simples.

Há momentos de proximidade, que nos tornam cúmplices. O momento do abraço, abraço apertado, gostoso, os corpos se entrelaçando na busca de aconchego, nos levando a sentir o sabor quente, perfumado, ofegante, às vezes carregado de ansiedade e insinuações.


Momentos que nos trazem recordações, são como as chuvas finas a regar a terra, céu azul, repleto de nuvens alvas e mansas, sol claro de manhã radiante a aquecer os nossos corações. São momentos de imensa beleza e simplicidade.
Há momentos que gostaríamos que fossem eternos...


Num rio transparente ondulei;

De olhos fechados, confiante...
Num jardin perfumado dei voltas.
Esqueci o Mundo por um instante...
VOCÊ ME FAZ...

Eu vim com sorriso no rosto, com sonhos honestos no bolso e é feliz que eu ainda pareço me ver, será que só eu não percebo? Você me faz mal.

Então como é que eu consigo os motivos pra escrever? Como foi que eu fui nascer forte nessa história? Me disseram mas não foi suficiente. Foi de bondade que chegou meu gostar.

Com palmas de paz no teu portão. Com gasto da sola de tanta saudade e contemplação, sempre na sensação de te olhar com olho bom, te tocar com a palma pura da mão. Foi assim que eu imaginei. Mas você me faz mal, só então atinei, e saquei agora.

Essa cegueira, a eira e a beira. Você me faz mal e eu faço sempre a besteira de ver tudo isso da janela. Gostar não é o bastante, quando esse alguém não te corresponde, pode ser sincero num instante, mas não o bastante.

Bons são os momentos, mas são o suficiente para eu perceber que apenas são momentos, e não irão perdurar. Seria conveniente ter apenas por minutos ou horas do que não ter por instante algum, mas tudo isso consome minha sensatez...
"Abro as portas, os cadeados;
Janelas e cortinas.
Que brilhe o novo!"